Como a sua bagagem pode te ajudar a ser um ilustrador mais feliz

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Acredito que a ilustração sempre fez parte da minha vida, desde que eu era um bebê gordinho e esbugalhado. Lembro de um travesseirinho dos Ursinhos Carinhosos, de uma manta com ilustrações de crianças representando signos… eu amava. Lembro como eu poderia ver a propaganda da Faber-Castell em looping eterno, sem tédio algum. Com uns 8 anos, eu lia todos os dias a Turma da Mônica antes de dormir, porque tinha um problema terrível de insônia. Depois fui “roubando” as HQs do meu irmão: Superman, X-Men, Spawn. Os desenhos animados, nem se fala. Caverna do Dragão, Jetsons, Looney Tunes, era ilustra pra todo lado.

Eu não tenho nenhuma conhecimento biológico sobre isso, mas tenho certeza que os nossos gostos de infância moldam nosso jeito de ver as coisas quando adulto. Curti esse período da minha vida ao máximo e tenho muitas boas recordações. Eu já desenhei para os mais diferentes clientes, mas eu sempre soube que o meu forte era ilustração para o público infantil. Em relação a traço, sempre fiz ilustração vetorial porque sempre gostei muito do resultado: o vetor – que nada mais é do que uma imagem gerada a partir de descrições geométricas de formas –  tem um caráter lúdico pra mim e apesar de matemático, é simples na essência. Simplicidade é algo que busco constantemente. Meu maior objetivo com a ilustração é tornar a vida das pessoas mais lúdica, colorida e imaginativa. Um simples “que desenho fofo” pode deixar o dia mais bonito. Criar aquele sentimento mágico que eu sentia ao ver a propaganda da Faber-Castell, ao ler uma revistinha. Você consegue enxergar como tudo está conectado e faz sentido? Faz esse exercício, coloca tudo no papel – se pergunte por qual motivo você desenha ou quer desenhar, quais são os seus gostos, o que faz seu coração feliz. Quais são suas referências? E sobre o tipo de projetos que você quer participar? No meu caso as ilustrações que são relacionadas com educação e projetos sociais são as minhas preferidas, por exemplo. Quais são as suas?

Qual é a sua bagagem? 

Responder a essas perguntas te ajuda a ter foco na hora de fazer um portfólio, a buscar clientes e por consequência, te torna um ilustrador mais realizado, porque você atrai projetos que ama de coração. 😀

That’s all folks :*

Video-aula 5 dicas de portfolio ilustradora Clau Souza Estúdio Borogodó

Clau Souza

Ilustradora há 10 anos e está a frente do Estúdio, Lojinha e Cursos Criativos da Borogodó. Durante a sua caminhada pela estrada de tijolos amarelos da ilustração já teve a felicidade de estar em grandes publicações da área, como Lürzer's Archive, Zupi e Computer Arts. Desconfia seriamente de pessoas que não gostam de cores e tem pavor de palhaços (mas já teve que desenhar alguns).

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3 comments

  1. Super me identifiquei depois de ler esse post. Sério, me emocionei!!
    Sempre gostei de desenhos animados, ilustrações infantis, e apesar de não ter apoio de minha família estou tentando alcançar meu sonho. Hoje suas experiências contadas no blog, nas redes, os vídeos… tem sido uma referência mt importante pra mim Clau!! Espero que mts pessoas tbm se identifiquem e que vc tenha bastante sucesso na sua carreira. Se um dia eu conseguir alcançar meu sonho com certeza vc estará na minha lista de referências e inspirações. Obrigada!!

    1. Lúcia, queridona! Fico muito feliz de saber que vc está seguindo seu sonho e que estou colaborando um tiquinho pra isso! Muita força na peruca e to torcendo aqui pra vc :*

  2. Acho que sempre temos essa bagagem e talvez isso que nos influência a seguir por esse caminho artístico, com essa influências que até mesmo copiávamos no pape, lembro de tentar reproduzir alguns desenhos na infância.

    Valeu Clau, pela dica
    Abraço

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