Há algumas semanas eu escrevi um post falando sobre algumas coisas que aprendemos aqui no Estúdio tendo uma Lojinha online e vocês, rosquinhas lindas do meu core, curtiram muito e pediram bis. O legal desse espaço é botar em discussão algumas coisas que ouvimos falar por aí e avaliar se na prática dá certo, sem firulas, listas marketeiras ou depoimentos aleatórios. E uma coisa essencial e que tem praticamente base num pensamento científico (rá): experimentar. Com certeza aprendemos com os erros dos outros, mas isso não quer dizer exatamente que dará errado com você 😀 Então, fica à vontade pra provar o contrário e se joga.

VERDADE: VOCÊ VAI PRECISAR CONHECER SEUS FORNECEDORES.

Indo na lógica de que você não optou por uma plataforma que faz a parte da produção, conhecer bem os fornecedores será um dos pontos mais importantes para sua lojinha. Ter gente que você confia, tanto em relação a qualidade como prazos, é essencial pra tocar sua Loja sem dor de cabeça! Acredite, nada nessa vida é realizada sem um coletivo, portanto mesmo que somente você abra uma loja, outras pessoas farão parte disso.

Fora que é uma delícia entender melhor os processos! Designers de plantão concordarão comigo, né?! Além de você poder avaliar de perto a qualidade do trabalho do fornecedor, ter esse contato direto é também uma forma de conhecer outras possibilidades de processos e se aventurar em diferentes superfícies. Por isso, vá visitar seu fornecedor e acompanhe as primeiras produções de perto! Além do fato de que você começa a pegar algumas manhas de como chegar em tons específicos e manjar de uma parte mais técnica da ilustração. Afinal, de nada adianta uma ilustração linda no computador, se no produto final ficar um cocô. Num dá.

MENTIRA: EDIÇÕES LIMITADAS FAZEM VOCÊ VENDER QUE NEM ÁGUA.

Quando nos aventuramos em terrenos desconhecidos, é normal que a gente queira seguir algumas fórmulas. Quem nunca digitou no Google num momento de desespero: Como eu ganho dinheiro com a minha loja online, agora, neste momento, pelo amor de Deus – que atire a primeira pedra. Lembro que o que mais ouvi falar na época de abrir a Lojinha, era essa coisa de colocar produtos com edição limitada. O argumento era: as pessoas vão ficar preocupadas em perder a oportunidade e comprarão no impulso! Primeiro que eu não curto essa coisa de compra por impulso, se faço isso me arrependo e não volto nunca mais na loja. Mas enfim. Aí você cego com a promessa do sucesso, produz certificados de autenticidade e preenche tudo a mão com os números da edição. Um trabalho inacreditável, principalmente se você está sozinho nessa, pense aqui comigo. Fizemos isso nos primeiros meses e depois tiramos. Sim, de fato existe uma importância artística e de direitos autorais nisso tudo – mas falando estritamente de vendas, tenho que ser honesta e dizer que não fez diferença na vida de ninguém. 

VERDADE: PRODUTOS SOB DEMANDA SÃO UMA ÓTIMA PEDIDA.

Essa é uma das verdades mais verdadeiras da vida de uma loja online de um ilustrador. Se você trabalha em casa, não vai precisar de um depósito e o investimento só é feito sob demanda. Vamos todos aplaudir! Quando definimos os primeiros posters da Coleção Bença lembro de achar que Cosme & Damião seria um dos best sellers, justamente por ter essa conexão com o universo infantil. Se tivéssemos que imprimir uma grande quantidade, os coitados ainda estariam lá. Mas em contrapartida, o estoque de Assis esgotou já nos primeiros dias, o que gerou um vuco-vuco sem tamanho com o fornecedor. Eis que a chave aqui é controlar esse pequeno estoque e combinar com o seu fornecedor os prazos de entrega (com margem de 1 dia, caso dê algo errado)! Esta é uma estratégia de Marketing sim! Muitas lojas online usam este método, isso acaba deixando sua produção assertiva já que você sabe a quantidade exata que deverá pedir para o fornecedor.

E aí, curtiram mais essas dicas?! Espero que tenha sido super útil e se você quer conferir o primeiro post só dar um alô por aqui 😀

Clau Souza

Ilustradora há 10 anos e está a frente do Estúdio, Lojinha e Cursos Criativos da Borogodó. Durante a sua caminhada pela estrada de tijolos amarelos da ilustração já teve a felicidade de estar em grandes publicações da área, como Lürzer's Archive, Zupi e Computer Arts. Desconfia seriamente de pessoas que não gostam de cores e tem pavor de palhaços (mas já teve que desenhar alguns).

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