UMA COLEÇÃO A LÁPIS • A PENCIL COLLECTION

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English bellow!

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Fazia um tempo que eu queria fazer uma coleção a lápis. Voltar as raízes, sem me importar com aquela imagem de ilustradora vetorial que construí durante esses anos. O tema escolhido com certeza seria místico, algo que pra mim é tão precioso. Na verdade essa experiência nasceu de um presente que dei para o meu marido: um dragão desenhado a lápis, criatura que ele adora e que tem tatuada nas costas. Ele amou, e cá entre nós eu não esperava uma recepção tão boa, já que ele como oriental é bem riogoroso com a representação da sua cultura. Mas me deu carta branca: faça mais bichos, será muito louco! E escolhi aqueles que tive mais conexão: Fênix, Carpas e os Foo-Dogs.

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– Mas será só a lápis mesmo? Você não vai finalizar então?! A Claudia de ontem me questionava. – Mas e se isso for algo que só você ache bacana? E se as pessoas não entenderem? E se isso afetar a coerência do meu trabalho? Mandei tudo isso as favas, porque esses pensamentos sempre surgem na cabeça de ilustradores. Principalmente para aqueles que como eu, começaram a trabalhar com clientes desde muito cedo. Não sei bem se com os anos a gente fica mais atento a esse tipo de coisa ou se importa bem menos com picuinhas internas e externas, mas eu sinto que a vida tem me ensinado a levar as coisas de um jeito diferente. 

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MINHAS PRINTS NO HARU MATSURI EM TORONTO • MY PRINTS AT HARU MATSURI TORONTO

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Decidi que o primeiro evento que iria participar vendendo minhas prints, seria em outro país e para um público nada exigente, os japoneses (risada de desespero). No final de semana passado fiz parte do Haru Matsuri de Toronto e gente, foi coisa linda de viver!

Foram tantos pontos altos, que daria pra escrever um livro. Entre os the best of, estão as reações instântaneas mais hilárias: uma senhora que disse que não gostava de arte, uma criança que duvidou que eu tinha desenhado tudo sozinha e um moço que me perguntou o que significava aquela bola vermelha brava (Daruma). Troquei ideias com tanta gente e ganhei sábias dicas do meu vizinho de estande, Chris Sora, que trabalha com cerâmica japonesa (inclusive, veja um vídeo dele aqui). Minha primeira compradora estava a passeio em Toronto e era de Hong Kong – o mundo de repende virou uma noz!

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Mesmo não vendendo todo o meu estoque como previ em meus sonhos e ter ganhado uma bela gripe pós-evento, só posso dizer que todo ilustrador deveria fazer algumas vezes durante a vida.  Porque melhor do que ter a reação instantânea das pessoas em relação ao seu trabalho, é poder enxergar nos olhos delas o que aquilo significa. Afinal, a gente está aqui pra se conectar não é mesmo?

Com certeza nos veremos mais vezes, então até o próximo evento! 🙂 Lembrando que você pode comprar minhas prints aqui ou aqui!

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I decided that the first event that I would participate to sell my prints, would be in another country and for a tough audience, the Japanese (laughter of despair). Last weekend I was part of Haru Matsuri in Toronto and guys… it was amazing!

There were so many high points of doing this, that I could write a book. Among the best of them are the most hilarious instantaneous reactions: a lady who said she does not like art, a child who doubted I had drawn everything by myself and a young man who asked me who is that red-hot ball (Daruma) meant. I talked with so many people and got wise tips from my booth neighbor, Chris Sora, who works with Japanese pottery (see a video of him here).

Even though I did not sell all my inventory as I foresaw in my dreams and have won a beautiful flu post-event, I can only say that every illustrator should do it a few times during life.

Better than having people’s instant reaction to their work, is to be able to get to know your audience up close. We’ll see each other more often 🙂 You can buy my prints on My Etsy Shop!

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MAIS UM LIVRO PARA A CRIANÇADA • ANOTHER LOVELY BOOK FOR CHILDREN

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Olá queridos! Neste mês eu trago mais um projeto lindo que concluí no finalzinho do ano passado: livros didáticos de Geografia para o público infantil. Esse projeto é um pouco diferente dos livros anteriores (que você pode ver aqui), porque eu trabalhei com uma quantidade maior de cenas. Então rolaram muitos backgrounds interessantes para os personagens 🙂 Aqui te dou só um gostinho, mas você pode conferir o projeto inteiro aqui ou aqui. Espero que goste! Muito amô para você :*

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Hello dear friends! On this month I share with a you a beautiful project that I made in the end of the year. This time I worked on Geography Books for children. The great thing is that this job is a little different from the last one (you can see here), because I created a lot of scenes and backgrounds. Here are a few illustrations, but you can see the entire project here or here! Hope you like it 🙂 Lots of love :*

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LIVRO DE ARTES PARA A CRIANÇADA • ART BOOK FOR CHILDREN

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Aloha! 2018 já chegou em velocidade 5 por aqui e antes de mais nada, te desejo tudo de mais lindo que há nesse mundão para este novo ciclo 😀

No finalzinho do ano passado concluí um projeto muito bacana para a editora FTD (Brasil): ilustras mil para o livro de Artes para a criançada. Para o projeto ilustrei principalmente as brincadeiras descritas no livro, como Ciranda dos Bichos, Lagarta Pintada e Se Mexendo no Espaço! Confesso que não conhecia muitas dessas brincadeiras e é por isso que o processo criativo foi ainda mais divertido pra mim. É bom destacar que eu procurei trabalhar com expressões mais exageradas para as crianças – isso traz um tom mais espontâneo para o material e não cria nenhum tipo de dúvida em relação ao mood do momento. Espero que você curta! E claro, dá para conferir o projeto completo aqui ou aqui!

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Aloha! 2018 just began super powerful around here and before we start it, I’d like to wish the very best this year 😀

In the end of the last year I created a lovely project for FTD (Brazil): several illustrations for a Children’s Art Book! For this job, I illustrated some playful Brazilian activities, like Ciranda dos Bichos, Lagarta Pintada and Se Mexendo no Espaço! I have to confess that I didn’t know a lot of these games and that’s why it was so fun to work on this project. It’s good to know that my main intention was to work with exaggerated expressions for the characters, because I wanted to give a sponteneous approach and make sure the children got the ideas. Hope you like it! And sure, you can see the complete project here ou here.

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UM POUCO SOBRE O PROCESSO CRIATIVO DA DESATADORA

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Resolvi contar um pouquinho sobre algumas criações que faço para a minha Lojinha! Todo mês a Coleção Bença ganha um novo integrante, tudo decidido a partir de mensagens da freguesia e dos nossos revendedores queridos espalhados pelo Brasil-il. E nesse mês a escolhida foi a Nossa Senhora Desatadora dos Nós!

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Nos primeiros esboços eu já queria me inspirar na ideia da pintura clássica – criada em 1700 pelo artista alemão Johann Schmidtner, mas adicionando um jeito mais tupiniquim e divertido: a pele indígena, o olhar forte, uma linda coroa de estrelas e os anjinhos que trazem um tom imaginativo com seus cabelos coloridos, olhos enormes e com altas doses de doçura. (this post is also in English – check it out)

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O PROJETO CURADORIA & AS PESSOINHAS DA VIDA

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Recebi o email da querida Nini Ferrari me convidando para participar do seu mais novo projeto: uma seleção de entrevistas com mulheres criativas ao redor do mundo. A ideia é que 365 mulheres sejam entrevistadas (tem entrevista nova todo dia, pega essa!) e digam como se expressam, como se sentem em relação a sua criatividade e falem sobre inspirações e obstáculos da vida. Já tem muita gente porreta que descobri por lá e fiquei mó feliz de fazer parte desse grupo danado de bom! 

Engraçado que lendo a entrevista agora, me dei conta de que falei pra caramba – pra variar – mas que também citei muita gente do bem que me ajudou/ajuda a ser uma ilustradora melhor todos os dias. Tem meu maridón, companheiro de tudo, o meu professor de desenho Stephen Silver, o meu hermano Bruno Regalo, clientes do coração como o Dil Mota e o Grupo Armação, meu professor dos tempos da facu Antônio Pinto e até minha amiga da vida toda, a Vah. Independente se são da área de ilustração, o que importa é enxergar que todo mundo pode somar na sua carreira. Aprendi com o seu Luiz, meu eletricista dos tempos de Curitiba, que trabalhar com amor é o melhor jeito de sempre ter trabalho. Também aprendi com a minha querida chefa, a Maika, que pensamentos positivos te empurram pra frente. Vira e mexe meus pais me dão uma aula de persistência. É bom a gente nunca esquecer das raízes, de gente que compartilhou esse tipo de conhecimento sem querer nada em troca. 

São as pessoas que fazem toda a diferença e nós ilustradores temos que ficar mais atentos a isso.  Ô mania de ermitão que a gente tem. Não pense que ficar desenhando por toda a eternidade e achar que não precisa de ninguém pra melhorar vai dar pé. Nem só de um traço bom vive um ilustrador. Vamos contar mais um com o outro e principalmente, enxergar inspiração onde não está muito na cara. Ás vezes você nem precisa ficar assistindo palestras do TEDx, é só olhar para os lados. 

Pra conferir a minha entrevista, é só dar um pulo aqui. 

Nini, muito obrigada pelo convite. Uma honra participar do seu projeto! Que ele te traga muitas coisas boas <3

Espero que curtam, ilustríssimos. Eu estava com saudades :*

Beijos e queijos

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5 Coisas que você deve saber para trabalhar com ilustração (+ Dicas Práticas)

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Aloha ilustre! O post de hoje é sobre verdades que todo ilustrador iniciante ou aspirante a ilustração vai precisar entender em algum momento da vida (quanto mais cedo, melhor). Então vamos para as 5 coisas que você DEVE saber para trabalhar com ilustração e dicas práticas pra você se sentir inspirado a botar a mão na massa!

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1 – Desenhar por diversão é diferente de desenhar a trabalho;

O choque acontece quando você passa do desenho de um Batman mucho-loco para uma ilustração para um cliente. Sim, você terá um briefing pra seguir, prazos, verba. Pode ser que tenham 142 pessoas para aprovar o projeto. E você terá que equilibrar o seu “eu artista” com o seu “eu comercial”, principalmente se resolver ser independente. Como lidar?

Dica mão-na-massa: Saia um pouco dos grupos de desenho do Facebook e vá atrás de jobs reais. Não tem escola melhor que o mercado. Desenhar é a essência da sua carreira e você tem que treinar todo dia, mas vender seu peixe é fundamental. Não sabe por onde começar?

Leia cada linha do basicão e ótimo Guia do Ilustrador, os artigos do Business of Illustration ou ainda pra quem curte um livro, o Graphic Artist’s Guild Handbook of Pricing and Ethical Guidelines, que tem um conteúdo legal pra quem quer se aventurar na gringa. Ah, e por falar em grupos de Facebook, entre naqueles que possam precisar de ilustração: designers, publicitários, escritores. Afinal, tem mais chances de você conseguir trabalho com pessoas que não saibam o mesmo que você!

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