Inspiração: A menina que não desenhava chão

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Oi ilustríssimos! Como vocês estão?!

Bom, pra quem nos segue há mais tempo deve lembrar q tínhamos um blog e acabamos deixando ele desativado porque não estávamos conseguindo conciliar com nossas agendas! Mas voltamos, eu volteiiii, voltei para ficaaar! E tá tudo de cara nova, linda e com a pretensão humilde de ser o blog mais gente boa do pedaço para ilustradores de todo Brasil. Vão rolar dicas aos moldes do Curso Carreira Ilustrador, conteúdo honesto sobre desenho e administração de carreira, processos criativos, além daquelas reflexões básicas que todos precisamos tirar um tempo pra fazer. Aí vocês me dizem se tudo isso é uma boa ideia e se querem q eu fale de algum assunto específico, combinado?

Comecemos com um textinho inspirador, sobre uma menina que não desenhava chão:

Quando você trabalha com ilustração é natural que seu jeito de desenhar te leve pra um determinado segmento. Pra mim foi automático caminhar para o universo infantil, essa sempre foi área que mais combinava comigo por N fatores. E uma das razões que mais me fazem amar a ilustração para os pequenos é que isso sempre me leva a entrar em contato com a Clau criança.

Lembro como se fosse ontem: eu levando bronca da professora pelo fato de não desenhar chão nos meus desenhos. Eu não entendia porque aquilo era necessário, porque aquele traço faria tanta diferença no que eu queria dizer. A professora justificava que todo mundo pisa no chão e que aquilo era uma “representação da realidade”. Ficava matutando algo assim:

_ Oras, pra que serve desenhar, se não posso colocar no papel aquilo q tá na minha imaginação?

Cresci e aí pensar diferente passou a ser uma questão de sobrevivência, na faculdade, na carreira. Criar uma solução inesperada, ter um outro olhar sobre as coisas. Não é irônico? E diante dessa doideira, eu não vejo solução mais confiável do que acordar aquela criança de mansinho e pedir desculpas por ter esquecido ela ali. Mas não dá pra perder a paciência, porque ela vai chegar desajeitada, sonolenta, sem saber o que fazer, porque as regras impostas ao longo da vida tiraram ela de cena. Mas como toda boa criança ela aprende rápido e se a gente deixar ela toma as rédeas de vez em quando e passamos a enxergar o mundo daquele jeitinho, sem chão.

Vamos nos permitir <3

Dica de filme que serve como inspiração: Big – Quero ser grande.

Té a próxima :*

Video-aula 5 dicas de portfolio ilustradora Clau Souza Estúdio Borogodó

Clau Souza

Ilustradora há 10 anos e está a frente do Estúdio, Lojinha e Cursos Criativos da Borogodó. Durante a sua caminhada pela estrada de tijolos amarelos da ilustração já teve a felicidade de estar em grandes publicações da área, como Lürzer's Archive, Zupi e Computer Arts. Desconfia seriamente de pessoas que não gostam de cores e tem pavor de palhaços (mas já teve que desenhar alguns).

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6 comments

  1. Parabéns pelo conteúdo do blog e que bom que voltou ..estou praticando sempre pra evoluir nos desenhos e conseguir realizar meu sonho de trabalhar com ilustração..

  2. Poxa, acho que a única vez que fui obrigada a desenhar chão, foi no exame psicotécnico pra tirar a CNH, de resto, eu quase não sigo padrões.
    Uma vez, uma garota me perguntou “porque minhas bonecas tinham cabeças grandes” (pense nessa pergunta num tom de deboche), daí respondi “Da mesma forma que o tamanho da sua cabeça é diferente do meu”.

    AFFERSON!

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